“As terapias não farmacológicas estão em contínua evolução”

9 de abril de 2024
Mireia Tofiño
Mireia Tofino
Terapeuta ocupacional, especialista em Doll Therapy.
Natalia Rosillo
Natália Rosillo
Terapeuta ocupacional, especialista em Doll Therapy.

Hoje conversamos com Mireia Tofiño e Natalia Rosillo. Ambos são terapeutas ocupacionais. CRE Alzheimer Salamanca há anos e tem uma carreira profissional muito extensa no intervenção para pessoas com Alzheimer e outras demências.

Eles colaboram, por sua vez, com a FTF como especialistas de referência em cursos presenciais TERAPIA DE BONECA NA DEMÊNCIA.

Em 2022, eles também desenvolveram em conjunto os materiais didáticos do projeto de desenvolvimento deste curso em modo teletreinamento. Um projeto sobre o qual queríamos perguntar a você.

Que dificuldades você encontrou ao desenvolver o manual didático deste curso?

MT.: Tínhamos muito material e muitas ideias, mas o mais complicado foi dar forma e fazer um manual que fosse compreensível e prático. Acreditamos que o resultado final com a ajuda da FTF mais do que atendeu às nossas expectativas.

Que benefícios a terapia com bonecas oferece às pessoas com demência?

NR: A Doll Therapy (TcM) proporciona múltiplos benefícios, desde que realizada de forma adequada e com aquelas pessoas que respondem bem à intervenção (alguns deles são melhora do humor, redução do SPCD, melhora da comunicação e relacionamento interpessoal , redução do estresse nos profissionais que o aplicam, melhoria da autonomia pessoal...).

Existem usuários que não são suscetíveis de aplicar esta terapia?

NR: Sim, como acontece com qualquer outra intervenção não farmacológica, sua aplicação deve estar relacionada aos seus gostos e interesses, história de vida e que você aceite positivamente a terapia.

Após a conclusão deste curso, acha que os alunos adquirem as competências e capacidades interpessoais necessárias para compreender e implementar o uso terapêutico dos bonecos no cuidado de Pessoas com Demência?

MT.: É possível. O curso tem duas partes. A primeira parte ajuda a contextualizar e compreender o motivo da MTC na demência.

Já a segunda parte é mais prática e centra-se nos aspectos a ter em conta para uma correta abordagem e implementação. Por exemplo, a importância de uma correta avaliação prévia, as características dos bonecos e demais materiais utilizados, bem como o que e como podemos trabalhar para atingir os objetivos declarados.

Tudo acompanhado de imagens e vídeos que facilitam o aprendizado.

Você vem formando profissionais há anos através da IMERSO. Que treinamento você realizou ao longo deste ano?

MT.: A formação contínua e transmissão de conhecimento é um pilar fundamental. No CREA tratamos de todos os assuntos relacionados com as Terapias Não Farmacológicas (TNF) e Programas implementados no centro depois de verificada a sua eficácia e os bons resultados obtidos nos nossos utentes.

Neste último ano, realizámos diversas formações online e presenciais para profissionais de associações de Alzheimer e outras demências, centros de dia, recursos residenciais, estagiários de diferentes mestrados e licenciaturas em diferentes especialidades, bem como familiares e cuidadores de pessoas com demência.

Com que tipo de formações você se sente mais confortável?

NR: Tanto a modalidade presencial quanto a online são confortáveis, desde que nesta última haja feedback dos participantes, caso contrário, é bastante difícil saber se o treinamento está sendo benéfico e para o tutor não é muito motivador.

MT.: Ambos têm seus prós e contras. Por um lado, a modalidade presencial é mais calorosa e, como comenta Natalia, recebe mais feedback. Por outro lado, o online permite uma melhor gestão do tempo e a definição de um ritmo de trabalho personalizado para o aluno, bem como a oportunidade de uma maior participação de todos os participantes, já que geralmente nas sessões presenciais há sempre alguns participantes muito participativos. pessoas e outras pessoas são mais introvertidas e inibidas. Em relação ao assunto, como é compreensível, nos sentimos mais confortáveis com aqueles temas que tratamos e trabalhamos na nossa prática diária, como o TcM.

Como conseguimos, através da formação, promover a qualidade dos cuidados às pessoas em situação de dependência?

MT.: Os profissionais de saúde social devem estar em formação contínua para prestar os melhores cuidados às pessoas dependentes com quem lidamos. Os TNFs estão em constante evolução, assim como os modelos de cuidados. Existem intervenções mais clássicas que funcionam e são realizadas há décadas quase sem alterações. No entanto, existem muitos outros, mais inovadores, que ainda precisam ser explorados e que também podem produzir grandes benefícios. Além disso, estas terapias permitem cobrir necessidades até agora não cobertas pelos modelos de cuidados mais clássicos.

Que áreas de formação são atualmente mais procuradas no setor social e da saúde?

NR: Falamos por causa das demandas que recebemos na área de demência. Neste campo, os mais solicitados são a Roboterapia, a MTC, o Cuidado Integral Centrado na Pessoa (AICP) e as alterações comportamentais.

Em quais projetos você está mais focado atualmente?

MT.: Projetos de Robotterapia, TcM, acessibilidade cognitiva e MAICP, bem como diversas colaborações com outras entidades.

NR: Programas que priorizam o cuidado integral e centrado na pessoa. Em relação à formação, em oficinas psicoafetivas.

Banner del curso Terapia con Muñecas en Demencias de Foro Técnico de Formación

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